segunda-feira, 26 de março de 2012

UM NOVO CENÁRIO ....


...A lenda pessoal é aquilo que você sempre desejou fazer. Todas as pessoas, no começo da juventude, sabem qual é sua lenda pessoal.

Nesta altura da vida, tudo é claro, tudo é possível, e não temos medo de sonhar e de desejar tudo aquilo que gostaríamos de fazer. Entretanto, à medida em que o tempo vai passando, uma misteriosa força começa a tentar provar que é impossível realizar a Lenda Pessoal.
Esta força que parece ruim, na verdade está ensinando a você como realizar sua Lenda Pessoal.
Está preparando seu espírito e sua vontade, porque existe uma grande verdade neste planeta: seja você quem for, quando quer com vontade alguma coisa, é porque este desejo nasceu na alma do Universo.
É sua missão na Terra.
(O Alquimista)


Paulo Coelho



A Juventude Brasileira, o novo coletivo e as Transformações e Tendências.
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=a1TP-0GtTts&feature=related

A GLOBALIZAÇÃO E A COMUNICAÇÃO NO MUNDO CONTEMPORÂNEO: PERSPECTIVAS DO UNIVERSO JUVENIL

O fenômeno da globalização apesar de ser relativamente recente, é de origem bastante antiga na história mundial. Porém apenas depois dos séculos XX e início do XXI que seu significado e peculiaridades tomaram as formas conhecidas atualmente, com seus benefícios e malefícios. Atualmente a questão cultural é internacionalizada bem como costumes, hábitos e celeridade nas informações. A tecnologia da informação é fundamental no transcorrer de todo esse processo.

Sobre a conceituação de globalização, destacou Fiori:
 

[...] ninguém tem dúvidas de que o conceito [de globalização] procura dar conta de uma nova formatação capitalista gerada nas últimas décadas pelo incessante processo de acumulação e internacionalização dos capitais. Como tampouco pairam mais dúvidas de que esta nova formatação econômica, envolve aspectos e dimensões tecnológicas, organizacionais, políticas, comerciais e financeiras que se relacionam de maneira dinâmica gerando uma reorganização espacial da atividade econômica e uma claríssima re-hierarquização de seus centros decisórios (FIORI, 1995, p. 6, grifo nosso).


Essa globalização pode ser entendida como uma integração em todas as áreas pertinentes ao mundo contemporâneo respectivamente. Atinge diversas sociedades e quase todos os indivíduos, sobretudo, atinge o público juvenil. Por certo este fenômeno só se dá efetivamente pelo predomínio da comunicação e seus meios em escala internacional. Assim o desenvolvimento da comunicação é necessário para concretizar a globalização e o intercâmbio de informações. O autor Thompson ressalta a seguir:


                                       

A produção e a circulação das formas simbólicas nas sociedades modernas é inseparável das atividades das indústrias da mídia. O papel das instituições da mídia é tão fundamental, e seus produtos se constituem em traços tão onipresentes da vida cotidiana, que é difícil, hoje, imaginar o que seria viver num mundo sem livros e jornais, sem rádio e televisão, e sem os inúmeros outros meios através dos quais as formas simbólicas são rotineira e continuamente apresentadas a nós. Dia a dia, semana a semana, jornais, estações de rádio e televisão nos apresentam um fluxo contínuo de palavras e imagens, informação e ideias, a respeito dos acontecimentos que têm lugar para além de nosso ambiente social imediato. (...) As indústrias da mídia nem sempre desempenharam papel tão fundamental. O surgimento e o desenvolvimento dessas indústrias foi um processo histórico específico que acompanhou o surgimento das sociedades modernas. As origens da comunicação de massa podem ser ligadas ao século XV (THOMPSON, 1995, p. 219-220)



Esses meios de comunicação são condicionantes para dialogar com os jovens. Através da televisão, rádios, internet, redes sociais, e outros meios. Certamente, é possível verificar que tais meios representam uma influência considerável nos costumes, hábitos, pensamentos, condutas, ações e atitudes dos jovens. O poder midiático comunicativo pode também ajudar a propagar novos conceitos e consciência de uma postura crítica frente a realidade das juventudes, o que seria benéfico para prevenir situações-problemas inerentes ao universo juvenil, tal qual podem ser: campanhas nacionais para combater o uso e o tráfico de entorpecentes nesta faixa etária, em propagandas que incentivem a contracepção na idade juvenil no intuito de alertar a responsabilidade do ato sexual na adolescência como forma de prevenir gravidez indesejada, propagandas que incentivem o apoio popular em causas sociais pertinentes a juventude, incentivar por meio da mídia ao ato de votar na juventude como forma de praticar sua cidadania, engajar os jovens na luta ambiental. Entretanto, infelizmente nem sempre é a realidade desejada, uma vez que é percebido o aumento de cenas de violência e propagando interesses capitalistas de marcas e empresas, reduzindo a juventude a meros indivíduos em potencial de consumir e dar lucratividade ao sistema.
As diferenças econômicas e sociais evidenciadas no Brasil podem culminar muitas vezes na criminalização da juventude sob o ponto de vista da sociedade e do Estado. E isso ocorre quando adolescentes cometem atos infracionais por motivos variados, tanto os que são economicamente mais frágeis e estão vulneráveis, quanto os de classe média e alta da sociedade.


É crucial destacar que a juventude precisa ser vista como portadora de direitos para construção da sua cidadania e participação política em assuntos que englobam seu universo. Necessita ser ouvido, ter espaço e voz ativa na sociedade, nesse quesito, educadores e responsáveis são condicionantes para este tipo de prática. Todavia, as políticas públicas por parte do Estado devem ser priorizadas.


Portanto priorizar a educação e o acesso às oportunidades faz diferença na vida desses pequenos cidadãos em construção. Nesse contexto, aponta a Unesco:


O protagonismo juvenil é parte de um método de educação para a cidadania que prima pelo desenvolvimento de atividades em que o jovem ocupa uma posição de centralidade, e sua opinião e participação são valorizadas em todos os momentos (...). A ênfase no jovem como sujeitos das atividades contribui para dar-lhes sentidos positivos e projetos de vida, ao mesmo tempo que condizem à reconstrução de valores éticos, como os de solidariedade e responsabilidade social. (UNESCO, 2002, p.62)


Os desafios que abrangem o universo juvenil são os mais variados, preocupações relativas com o futuro e seus desdobramentos, bem como nível de escolarização, oportunidades no mercado profissional, vida pessoal e projetos inerentes aos jovens . A conquista de sua liberdade e independência frente à modernidade está em foco no cotidiano. Cabe, portanto, à família, ao Estado e a sociedade ajudar o jovem se desenvolver com sucesso e respeito.

  • Bibliografia UTILIZADA:

CASTRO, Mary, et al. Vocabulário de sentidos. In: Cultivando vida, desarmando violências: experiências em educação, cultura, lazer, esporte e cidadania com jovens em situação de pobreza. 3 ed. Brasil: UNESCO, 2002.

FIORI, José Luis da Costa. A governabilidade democrática na Nova Ordem Econômica. Revista Novos Estudos, Rio de Janeiro, v. 43, p. 1-21, 1995.

THOMPSON, John B. Ideologia e cultura moderna: teoria social crítica na era dos meios de comunicação de massa. Petrópolis: Vozes, 1995.



Texto de autoria da colaboradora do blog, Isabôhr Mizza, sobre o impacto da globalização e comunicação no universo jovem.


Foto disponível em: http://cds-golega.blogspot.com.br/2010/05/politicas-de-juventude.html .


quinta-feira, 22 de março de 2012

A Juventude e sua vulnerabilidade frente as drogas.


Sabemos que é cada vez maior o uso de drogas em famílias ricas, aparentemente estruturadas, com diálogo, compreensão e afeto. Foi derrubada a tese de que um problema desta ordem só acomete famílias desorganizadas, pobres e amorais.

Podemos observar o caso do Crack que é sempre associada à classe de baixa renda, a menores abandonados, prostitutas e mendigos, porém, o crescimento do consumo de crack entre jovens abastados é assustadoramente grande.

Assim, podemos perceber que se as drogas não estão associadas a desestrutura familiar ou à carência material e intelectual.

Por que então os jovens usam drogas?

Não é uma questão simples. O uso de substâncias psicoativas é o meio pelo qual, os jovens buscam mais prazer do que a sociedade oferece e também como forma de aliviar suas frustrações e insatisfações. E principalmente como forma de “pertencer” a um grupo.

As mudanças na sociedade são rápidas, a sociedade criou um mundo consumista e imediatista onde os jovens buscam os prazeres imediatos, estão desorientados, sem limites e sofrem pressão de todos os lados quanto ao futuro profissional, pessoal, intelectual.

As drogas representam um meio em que o adolescente busca para aumentar o seu nível de prazer. Para se livrar das tensões dos estímulos causados por uma realidade repressiva, que desumanizou o ser humano e humanizou o dinheiro e os bens materiais.

O homem se tornou apenas uma coisa, um objeto, é substituível. Dessa forma, as drogas se proliferam como narcóticos que aliviam as tensões, causam prazer e fornecem um “mundo melhor” para se viver. Elas produzem um alívio momentâneo, mas potente, que altera o funcionamento bioquímico do cérebro, possibilitando a sensação de prazer, mas que às vezes, tem se tornado um caminho sem volta.

Hoje se percebe que o uso das drogas é um fator que estão levando nossos jovens à destruição. A dependência química leva-os a matar, roubar e até mesmo a cometerem suicídios.

As drogas estão desmoronando os sonhos, acabando não só com a infância, mas também com a adolescência e com o futuro de nosso país. 


Quando o jovem está no “fundo do poço”, quando não tem onde mais recorrer para a compra das drogas, ele passa a cometer pequenos delitos, entra no mundo do tráfico para subsidiar seu próprio consumo.

São esses os adolescentes, em sua grande maioria, que passam a cumprir medida socioeducativa de meio aberto de Liberdade Assistida (LA) e Prestação de Serviço a Comunidade (PSC).

A juventude está pedindo socorro!
Campanha do Conselho Nacional de Justiça(CNJ) para combater a nível nacional este mal que prejudica a sociedade. Disponível em: http://zerohora.clicrbs.com.br/especial/rs/cracknempensar/  e também em: http://institutocracknempensar.org.br/index.php?q=equipe.


Cabe a todos (as) nós olharmos esse fator agravante com outros olhos.




 



Texto de autoria da colaboradora do blog, Lucy Orniz, e sua visão sobre a vulnerabilidade da juventude frente a esta questão.